Vou postar um comentário quase racista.
Não vou dizer que todos os habitantes dos EUA são burros, mas que os há, há:
Vejam lá este post na chuvamiudinha.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Tenho saudades
do tempo em que férias era sinónimo de não ter nada para fazer além do que quer que me apetecesse. De tempos em que a expressão "paragem de aulas", não fazendo parte do meu vocabulário, não me estragava a expectativa de um Natal passado de papo para o ar =)
E tenho pena de, nesse tempo longínquo, não ter consciência do privilégio que estava a viver.
do tempo em que férias era sinónimo de não ter nada para fazer além do que quer que me apetecesse. De tempos em que a expressão "paragem de aulas", não fazendo parte do meu vocabulário, não me estragava a expectativa de um Natal passado de papo para o ar =)
E tenho pena de, nesse tempo longínquo, não ter consciência do privilégio que estava a viver.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Desculpem,
mas não resisti à definição do vm: "junta médica é uma espécie de Alberto João Jardim no plural."
mas não resisti à definição do vm: "junta médica é uma espécie de Alberto João Jardim no plural."
Ida ao Circo
A minha outra reflexão, a que darei o nome de Ensaio sobre a Velocidade teve origem na minha ida ao circo no Domingo passado. A convite das minhas sobrinhas fui ver o espectáculo do Circo Atlas, que está estabelecido ao lado desse grande monumento da cidade de Lisboa, o Centro Comercial Colombo.
Foi com grande espanto que assisti ao Capitão Jack Sparow, que saltava no cabo de aço da frente para trás e de trás para a frente, ora por dentro do círculo de chamas, ora por cima da bandeira dos piratas e das facas. Não tanto pela proeza, mas porque o raio do moço parecia mesmo o jack! LOL parabéns pela caracterização.
O tema da velocidade vem do que constatei no final do espectáculo: -"Há coisas que já não me satisfazem".
A mim, e a quase todos os que pertencem à minha geração (e às anteriores, e às posteriores). Podemos ter dentro das nossas casas os melhores dos melhores do mundo (e quiçá de Portugal), e o facto de termos sempre o melhor de tudo (assim pensamos nós) torna-nos impacientes e, voilá, intolerantes. De repente o número do cãozinho já não nos satisfaz (apesar de entreter), e ver a zebra e os camelos também já não surpreende (vá, surpreende um bocadinho, porque a zebra era realmente LINDA!). Os gráficos da family game já não servem, os CDs do ano passado também não, o Dr. House já chateia. Precisamos de informação, numa quantidade brutal, a uma velocidade impossível. Sempre coisas novas, surpreendentes e, claro, sem termos que esperar. Já não usamos o metro ao Domingo de manhã porque levamos 45 min numa viagem que de carro leva 10. Bom senso? Comodismo?
Corremos mais, trabalhamos muito, ganhamos menos e não aproveitamos quase nada. Será isto qualidade de vida? Sem dúvida que sim. Temos pelo menos um carro, pelo menos um telemóvel, podemos estudar, podemos trabalhar (mesmo se não é o emprego dos sonhos), podemos estar em toda a parte do mundo de forma muito barata e sem ter que sair de casa, e se quisermos sair não pagamos assim tanto por um fim-de-semana diferente. Podemos comprar móveis giros e baratos e não estamos à espera (nem queremos) que durem toda a vida. O mesmo se passa com a roupa que compramos e com os trabalhos que temos.
O que perdemos? Relacionamentos duradouros (toda a gente acha que não tem que ceder "se quer muito bem, se não quer, andor") - é a política do usa e deita fora; não temos nada que nos tenha dado realmente trabalho a conseguir; achamos que trabalhar um mês para poder comprar um ipod é fazer um grande esforço; achamos que podemos ficar em casa dos pais até aos 35 (e ficamos mesmo); deixamos de ter filhos porque não temos as condições "ideais"; e não aceitamos nada que não seja perfeito. Nem ninguém. O que resulta em achar que somos donos do mundo e não temos que nos sujeitar a nada.
Velocidade meus amigos, velocidade.
A minha outra reflexão, a que darei o nome de Ensaio sobre a Velocidade teve origem na minha ida ao circo no Domingo passado. A convite das minhas sobrinhas fui ver o espectáculo do Circo Atlas, que está estabelecido ao lado desse grande monumento da cidade de Lisboa, o Centro Comercial Colombo.
Foi com grande espanto que assisti ao Capitão Jack Sparow, que saltava no cabo de aço da frente para trás e de trás para a frente, ora por dentro do círculo de chamas, ora por cima da bandeira dos piratas e das facas. Não tanto pela proeza, mas porque o raio do moço parecia mesmo o jack! LOL parabéns pela caracterização.
O tema da velocidade vem do que constatei no final do espectáculo: -"Há coisas que já não me satisfazem".
A mim, e a quase todos os que pertencem à minha geração (e às anteriores, e às posteriores). Podemos ter dentro das nossas casas os melhores dos melhores do mundo (e quiçá de Portugal), e o facto de termos sempre o melhor de tudo (assim pensamos nós) torna-nos impacientes e, voilá, intolerantes. De repente o número do cãozinho já não nos satisfaz (apesar de entreter), e ver a zebra e os camelos também já não surpreende (vá, surpreende um bocadinho, porque a zebra era realmente LINDA!). Os gráficos da family game já não servem, os CDs do ano passado também não, o Dr. House já chateia. Precisamos de informação, numa quantidade brutal, a uma velocidade impossível. Sempre coisas novas, surpreendentes e, claro, sem termos que esperar. Já não usamos o metro ao Domingo de manhã porque levamos 45 min numa viagem que de carro leva 10. Bom senso? Comodismo?
Corremos mais, trabalhamos muito, ganhamos menos e não aproveitamos quase nada. Será isto qualidade de vida? Sem dúvida que sim. Temos pelo menos um carro, pelo menos um telemóvel, podemos estudar, podemos trabalhar (mesmo se não é o emprego dos sonhos), podemos estar em toda a parte do mundo de forma muito barata e sem ter que sair de casa, e se quisermos sair não pagamos assim tanto por um fim-de-semana diferente. Podemos comprar móveis giros e baratos e não estamos à espera (nem queremos) que durem toda a vida. O mesmo se passa com a roupa que compramos e com os trabalhos que temos.
O que perdemos? Relacionamentos duradouros (toda a gente acha que não tem que ceder "se quer muito bem, se não quer, andor") - é a política do usa e deita fora; não temos nada que nos tenha dado realmente trabalho a conseguir; achamos que trabalhar um mês para poder comprar um ipod é fazer um grande esforço; achamos que podemos ficar em casa dos pais até aos 35 (e ficamos mesmo); deixamos de ter filhos porque não temos as condições "ideais"; e não aceitamos nada que não seja perfeito. Nem ninguém. O que resulta em achar que somos donos do mundo e não temos que nos sujeitar a nada.
Velocidade meus amigos, velocidade.
Olá meus queridos!!
...e queridas =)
Estas últimas semanas têm sido sempre de corrida... (para não variar, como convém a alguém hiperactiva como eu). Entretanto, entre as corridas, fiz algumas reflexões a que darei o nome de ensaios (LOL).
Aqui fica o meu Ensaio sobre os Designers.
Depois de vários anos numa faculdade muito muito especial, descobri que os designers verdadeiros têm algumas características em comum, e outras não tão comuns mas também recorrentes. A saber:
01 - O bom designer veste sempre preto;
02 - O bom designer tem um apple novinho, que faz questão de trazer numa mala própria que "grita" EU SOU DESIGNER E POR ISSO TENHO UM MAC (ou será eu tenho um mac e por isso sou designer?);
03 - O bom designer, quando não veste totalmente de preto, usa uma camisola azul ou cinzenta, mas escura;
04 - O bom designer tem sempre o corte de cabelo da moda;
05 - O bom designer só compra roupa e acessórios em certas lojas (leia-se: nas lojas certas) que se situam entre o Chiado e o Bairro Alto;
06 - O bom designer não dorme;
07 - O bom designer não come. E de preferência fuma, em lugar das refeições;
08 - O bom designer conhece realmente todos os filmes dos anos 60 e 70;
09 - O bom designer já escreveu um manifesto em alguma altura da sua vida;
10 - O bom designer só ouve música alternativa;
11 - O bom designer só vai ver filmes à Cinemateca, ao Londres e ao Nimas;
12 - O bom designer não utiliza expressões fáceis como "desde que nos levantamos até que nos deitamos", não, o bom designer utiliza expressões como senciência, sinestesia, fruição estética (qual observador qual quê? fruidor!!), de modo a que todos percebam que teve uma disciplina chamada Estética e ninguém perceba o que quer dizer sem que antes releia pelo menos quatro vezes o texto.
Concluindo, apesar de dormir pouco e saltar refeições frequentemente, acho que nunca serei uma verdadeira designer.
...e queridas =)
Estas últimas semanas têm sido sempre de corrida... (para não variar, como convém a alguém hiperactiva como eu). Entretanto, entre as corridas, fiz algumas reflexões a que darei o nome de ensaios (LOL).
Aqui fica o meu Ensaio sobre os Designers.
Depois de vários anos numa faculdade muito muito especial, descobri que os designers verdadeiros têm algumas características em comum, e outras não tão comuns mas também recorrentes. A saber:
01 - O bom designer veste sempre preto;
02 - O bom designer tem um apple novinho, que faz questão de trazer numa mala própria que "grita" EU SOU DESIGNER E POR ISSO TENHO UM MAC (ou será eu tenho um mac e por isso sou designer?);
03 - O bom designer, quando não veste totalmente de preto, usa uma camisola azul ou cinzenta, mas escura;
04 - O bom designer tem sempre o corte de cabelo da moda;
05 - O bom designer só compra roupa e acessórios em certas lojas (leia-se: nas lojas certas) que se situam entre o Chiado e o Bairro Alto;
06 - O bom designer não dorme;
07 - O bom designer não come. E de preferência fuma, em lugar das refeições;
08 - O bom designer conhece realmente todos os filmes dos anos 60 e 70;
09 - O bom designer já escreveu um manifesto em alguma altura da sua vida;
10 - O bom designer só ouve música alternativa;
11 - O bom designer só vai ver filmes à Cinemateca, ao Londres e ao Nimas;
12 - O bom designer não utiliza expressões fáceis como "desde que nos levantamos até que nos deitamos", não, o bom designer utiliza expressões como senciência, sinestesia, fruição estética (qual observador qual quê? fruidor!!), de modo a que todos percebam que teve uma disciplina chamada Estética e ninguém perceba o que quer dizer sem que antes releia pelo menos quatro vezes o texto.
Concluindo, apesar de dormir pouco e saltar refeições frequentemente, acho que nunca serei uma verdadeira designer.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
ora bem,
segundo li, parece que chove para os lados da Sarita e que a chuva não é tão miúda como o habitual. E mais, pode chover na nossa horta também: parece que se formos um dos três primeiros a comentar ganhamos um presentinho feito pela mesma (e posso garantir que ela é uma menina muito talentosa nas arts and crafts). Nada melhor do que um presente de Natal personalizado e assinado por uma prestigiada arquitecta (ou arquineta, como diria o avô Juca). Só resta saber exactamente como é o jogo para saber o que comentar. Para saber quando comentar fiquem atentos aqui.
segundo li, parece que chove para os lados da Sarita e que a chuva não é tão miúda como o habitual. E mais, pode chover na nossa horta também: parece que se formos um dos três primeiros a comentar ganhamos um presentinho feito pela mesma (e posso garantir que ela é uma menina muito talentosa nas arts and crafts). Nada melhor do que um presente de Natal personalizado e assinado por uma prestigiada arquitecta (ou arquineta, como diria o avô Juca). Só resta saber exactamente como é o jogo para saber o que comentar. Para saber quando comentar fiquem atentos aqui.
ahhhhhh....
Hoje Lisboa pareceu Londres todo o dia e, a julgar pelo aspecto da rua, parece-me que Londres ficará por terras lusas toda a noite também... Há duas coisas de que sempre gostei. De chuva, curiosamente não propriamente a suave, mas a torrencial, quando troveja e relampeja, e de nevoeiro cerrado, daquele em que não consigo ver (ou ser vista) as pessoas que moram no prédio em frente... daquele em que quando olho da varanda do quarto me deixa apenas desvendar muito, muito ligeramente, os cumes das árvores da mata que cresce em frente, do outro lado da estrada. Hoje foi um desses dias. É pena que a saúdita (que escasseou) não tivesse permitido sentar-me na maravilhosa cadeira que já aqui dei a conhecer... Voltei mais cedo da faculdade e dormi o resto do dia... acordei melhor e ZÁS! Recebi a carta de uma amiga que, descobri, também já anda por estes lados. E parece que a luz brilha.
Hoje Lisboa pareceu Londres todo o dia e, a julgar pelo aspecto da rua, parece-me que Londres ficará por terras lusas toda a noite também... Há duas coisas de que sempre gostei. De chuva, curiosamente não propriamente a suave, mas a torrencial, quando troveja e relampeja, e de nevoeiro cerrado, daquele em que não consigo ver (ou ser vista) as pessoas que moram no prédio em frente... daquele em que quando olho da varanda do quarto me deixa apenas desvendar muito, muito ligeramente, os cumes das árvores da mata que cresce em frente, do outro lado da estrada. Hoje foi um desses dias. É pena que a saúdita (que escasseou) não tivesse permitido sentar-me na maravilhosa cadeira que já aqui dei a conhecer... Voltei mais cedo da faculdade e dormi o resto do dia... acordei melhor e ZÁS! Recebi a carta de uma amiga que, descobri, também já anda por estes lados. E parece que a luz brilha.
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